Tóquio2020: Pedro Pichardo qualifica-se para final de triplo salto

Já Nelson Évora despediu-se em lágrimas dos Jogos Olímpicos.

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03/08/2021
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O português Nelson Évora ficou-se esta terça feira pela qualificação para a final do final do triplo salto dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, com 15,39 metros, na despedida competitiva do campeão em Pequim 2008.

Aos 37 anos, e três meses depois de ter sido operado ao joelho esquerdo, Évora não foi além de 15,39 e dois saltos nulos, falhando a qualificação para a final, reservada para quem saltar pelo menos 17,05 metros ou para os 12 melhores.

"Foi um bocado sentido, não esperava que fosse saltar a virilha no primeiro ensaio, nem tive tempo de saltar. Estas coisas acontecem. Saio triste, mas de cabeça erguida", afirmou, citado pela Lusa.

"Eu tentei saltar pelos portugueses, muita gente esteve a acompanhar e me acompanha. Aguentei as dores. Tentei, na vida temos de lutar até ao fim. Tentei até ao fim, infelizmente o corpo não permitiu. Estou cheio de dores", confessou.

Évora garantiu ainda que não pensa em terminar a carreira, mas reconheceu que tem de descansar.

No triplo-salto, participaram mais dois portugueses: Tiago Pereira (que também ficou pelo caminho) e Pedro Pablo Pichardo (na foto*) que foi o único português esta madrugada a qualificar-se para a final.

Pichardo, de 28 anos, assegurou a sua presença na prova marcada para quinta feira, às 11h00 locais (03h00 em Portugal continental), com 17,71 metros, à segunda tentativa, enquanto Pereira, de 27, ficou pela primeira fase, no 16º posto com 16,71 metros.

Avançavam para a final os atletas que conseguissem, pelo menos, 17,05 metros ou os 12 melhores posicionados.

Pichardo deixou o segundo melhor atleta na qualificação a 58 centímetros de distância e foi o melhor dos cinco apurados diretamente para a final, com saltos iguais ou acima de 17,05 metros, ao conseguir, na segunda tentativa 17,71, que lhe valeram a liderança. O turco Necati Er foi segundo (17,13), seguido do chinês Yaming Zhu (17,11), do cubano Cristian Napoles (17,08) e do argelino Yasser Mohamed Triki (17,05), enquanto Hugues Fabrice Zango, do Burkina Faso, que este ano fixou em 18,07 o recorde do mundo em pista coberta, foi o 12º e último repescado, com 16,83.

Também Cátia Azevedo ficou qualificada para as semifinais dos 400 metros dos Jogos Olímpicos, ao terminar a segunda série no terceiro lugar, com o tempo de 51,26 segundos.

A velocista portuguesa chegou a Tóquio2020 ao estabelecer o recorde nacional, que já lhe pertencia, em 50,59 segundos, a 3 de junho, na cidade espanhola de Huelva, e disputa pela segunda vez os Jogos Olímpicos, depois de um 31º lugar no Rio2016.

"Tenho vindo a fazer uma época muito boa, muito regular. Com muito trabalho em silêncio, altos e baixos. Uma época muito dura e só nós é que sabemos o que tem sido e o quão duro foi chegar aqui e ter bons resultados. Estou muito feliz", disse.



(*Crédito foto Pichardo: Javier Soriano / AFP)


(Crédito fotos galeria: José Coelho / Lusa)