Eleições Legislativas. E agora?

Quem vai ocupar a Assembleia da República?

12/03/2024
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António Costa pediu a demissão a 7 de novembro de 2023. Aceite o pedido, foi dissolvida a Assembleia e fomos a eleições legislativas, este domingo (10).

Depois de uma noite eleitoral muito intensa, vamos aos resultados:

A Aliança Democrática ganhou as eleições, temos um governo constituído pelos partidos: PSD, CDS-PP e PPM. Esta coligação é liderada por Luís Montenegro que, em principio, será o próximo Primeiro Ministro de Portugal. Dos 230 deputados eleitos, 79 são desta coligação partidária. Geograficamente, o eleitorado da AD concentra-se na região norte do país.

O segundo lugar pertence ao PS, o governo anterior. Com Pedro Nuno Santos como líder, os Socialistas não conseguiram renovar o contrato com a democracia. Passam agora de 120 deputados para 76. O PS conquistou, sobretudo o interior e o centro-sul do país.

Segue-se o Chega, a grande surpresa da noite. O partido que teve o maior crescimento de número de deputados, conseguiu eleger 48 representantes. André Ventura tinha apenas mais 11 aliados na Assembleia da República nas eleições passadas. O partido de extrema-direita teve representação um pouco por todo o país, mas conquistou a região do Algarve.


O Bloco de Esquerda, liderado por Mariana Mortágua, e a Iniciativa Liberal, presidida por Rui Rocha, mantiveram o mesmo número de deputados: 4 e 8 respetivamente. Já o PAN continua a ter apenas um representante parlamentar, a deputada Inês Sousa Real.

No lado esquerdo do hemiciclo temos duas situações opostas: a CDU diminuiu e o Livre cresceu. Paulo Raimundo, representante dos Comunistas só conseguiu eleger 4 deputados. No entanto, Rui Tavares, do Livre, passa de ser um deputado único para ter um grupo parlamentar de 4 representantes.

Foi uma noite longa, mas ainda não acabou. De notar que ainda não sabemos os votos do estrangeiro. As previsões apontam que os resultados não vão mudar, mas é ficar atento.

Resumindo e concluindo, estes resultados são o retrato do país em que vivemos. Votar é um dever cívico muito importante e esperamos que o tenhas exercido. Pode ser que este governo de direita não nos faça voltar às urnas assim tão cedo!