Abelhas "reais" informadas da morte de Isabel II

"A Rainha morreu, mas não se vão embora".

21/09/2022
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Dos cães aos cavalos, passando pelas abelhas - nenhum animal parece ter ficado "indiferente" à morte da Rainha do Reino Unido.

E se o pónei Emma e os corgis Muick e Sandy foram trazidos para o pátio quando o carro funerário da falecida monarca chegou ao Castelo de Windsor (fotos em baixo), na passada segunda feira (19), as abelhas de Isabel II também participaram da cerimónia - ainda que de forma mais discreta.

O apicultor real John Chapple cumpriu uma superstição mantida há séculos naquela monarquia: informou as milhares de abelhas criadas nos jardins do Palácio de Buckingham da morte da Rainha.

"A Rainha morreu, mas não se vão embora", disse Chapple de "forma serena e com leves toques" nas 5 colmeias, após ter amarrado uma faixa negra à volta de cada uma delas e ter rezado.

O apicultor explicou ao Mail Online que "a Rainha era a mestre destas abelhas. Se alguém importante para nós morre, queremos saber, não é?".

A verdade é que contar às abelhas da morte de alguém importante já foi uma prática popular um pouco por toda da Europa e até nos EUA. Crê-se que teve origem na mitologia celta, onde a presença de uma abelha após uma morte significava que a alma estava a deixar o corpo naquele preciso momento.

Nos séculos XVIII e XIX também os agricultores do Reino Unido, Alemanha, Países Baixos, França e Suíça cumpriam este costume e anunciavam não só mortes como também nascimentos às abelhas.